Katy desmistifica os segredos das composições no NBC News
Sept 10, 2017 21:50:07 GMT -2
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Posted by scenicrecords on Sept 10, 2017 21:50:07 GMT -2
Ainda com seu single "Burning Woman" no top 10, Katy demonstrou-se focado em garantir a ascensão de seu projeto ao conceder uma entrevista à rede estadunidense NBC (National Broadcasting Company), muitas vezes chamada de Peacock Network, algo curioso, pois, caso não saiba, a californiana tem uma canção de mesmo nome (obviamente sem o Network).
Tirando o lado comercial do ato, a entrevista teve um ar diferenciado, esta foi focada no processo de composição da cantora, algo muitas vezes não revelado no mundo pop. Será que são fórmulas secretas? Será que são códigos binários guardados por ciborgues, a fim de gerar os futuros sucessos, as quais geram a combinação perfeita de uma "jam"?
O programa, de nome NBC Nightly News, é de transmissão diária e possui um público fiel, indo ao ar a partir das 18:30 na costa Leste e às 19:00 na costa Oeste (6:30-7:00p.m.). Durante o decorrer da semana, o telejornal costuma ter uma duração média de meia hora, porém, durante os finais de semana, costuma durar uma hora ou mais (dando espaço à entrevista da cantora).
A equipe do Nightly News fez algo inusitado, tendo em mente o foco da interview, recolheram pergunta de fãs (vocês) nas redes sociais. Será que a sua será lida? Confira agora os bastidores dos hits que dominam sua playlist.
Legenda: Brandon Scorner = BS // Katy Perry = KP
BS: Boa noite, telespectadores. Nesta memorável edição dominical contamos com a partição da artista com o maior número de top 1s na década, além de ser a única pessoa viva a qual possui 5 destes com um único álbum, algo que nem mesmo figuras no passado atingiram, exceto o Rei do Pop. Agora conosco, Katy Perry!
KP: Boa noite! Quero agradecer à NBC pelo privilégio de estar sendo entrevistada neste clássico telejornal.
BS: Nós que agradecemos, ainda mais por você abrir os bastidores tão inexplorados do mundo musical, dando ênfase ao viés pop.
KP: Sinto-me livre para descrever e quitar as dúvidas em relação a este universo, por estar evidentemente presente no que faço, uma verdadeira benção.
BS: Não tenho certeza se essa informação chegou à senhorita, mas coletamos algumas perguntas a fim de dar um rumo inicial, afinal, não é todo dia que temos uma popstar de seu naipe no programa.
KP: Realmente não sabia, porém, sinceramente, prefiro assim pois acredito que essas perguntas são as mais espontâneas e naturais possíveis. Já estou pronta!
BS: Bom, temos como a primeira:
- "De onde vem as ideias para compor?", de @swiftinha66;
KP: Bom, é algo que verdadeiramente varia, conheço vários artistas que apenas investem em uma canção em estúdio se a tiveram composto de uma só vez. Eu, particularmente, não sou uma seguidora de tal ideia, tenho canções que encontrei a temática em uma vida alheia e achei algo relevante ou tocável ao ponto de ser eternizada. Sou fã de alter-egos, minha era "Renascence" foi dominada por eles e, evidentemente o KP5 também será.... No clipe de BW talvez apresente uma nova, todos são mulheres, pelo menos até agora, ou continue com as tantas outras do meu último álbum. Reiterando a pergunta, além do outro caminho que citei, penso em questões que cercam a existência humana como um todo: amor, depressão, medo, euforia, êxtase, porém, ramificadas para que seja algo construtivo e renovador.
Ao compor, tenho em mente se quero conscientizar, divertir, animar, aclamar, alertar ou qualquer outra coisa, vejo como uma responsabilidade saber o que você está escrevendo/ cantando, pois, depois de lançado, não há volta. Devemos buscar trazer coisas construtivas, mesmo que às vezes soe raso ou óbvio, uma pessoa tem múltiplas necessidades ao longo de sua trajetória e quero fazer com que as músicas as quais componho, tanto para mim como para outros artistas, possam ser a trilha sonora até o último segundo, não quero que ninguém sinta-se incompreendido, a não ser que seja algo doentio ou imoral.
BS: "O que houve entre você e Taylor? Pretende dar uma resposta para Bad Blood?", de @treteirodesocupado;
KP: Eu não vejo o porquê disso, destoa totalmente do foco da entrevista. Irei responder parcialmente, nunca vi o puro ódio como solução para nada, indivíduos como Che Guevara, Adolf Hitler e Stalin possuem uma similaridade com tal conceito. Desejo mal algum a ninguém, porém, sei quando justiça deve ser feita. Apesar de tudo, o diálogo sempre deve estar aberto, entretanto sou intolerante com intolerantes, mesmo eu não acreditando que isto aplica-se ao caso, soa mais simples do que aparenta, talvez um dia revele, mas estou aqui por minha arte, não por ego ou fama.
BS: Esta é minha. Recentemente, foi lançado o álbum "X-RAY" da girlband britânica Little Mix. Sem nenhuma trégua, duas canções, "Ain't Just Destiny" e "Keep Dreamin'", são composições suas. Como foi o seu contato com as integrantes, além do processo até as faixas entrarem no álbum em si.
KP: O mundo carece de girlbands de qualidade como o Little Mix, logo a minha vontade de compor para as meninas já existia antes das canções surgirem. Porém, compus de uma forma natural, como uma liberação do que a minha mente estava se propondo a criar, como artista a pior coisa é negar seus instintos. A primeira faixa eu compus ano passado, a qual é a minha favorita, e a última é mais recente. Como eu disse antes, pensei em transmitir uma mensagem positiva aos jovens que elas têm acesso, não que eu não tenha, porém sei que dei as canções às pessoas certas, Perrie não é minha parente, não obstante, de premiação em premiação, criamos um contato maior, além das outras meninas serem um amor, espero realizar essa parceria novamente e que alguma se torne single pelo menos (risos). Sobre a mensagem das canções, elas irão desmitificar, ainda mais com aqueles vocais iluminados e invejáveis, aguardem um pouquinho.
BS: Retomando as perguntas do público:
- "O que você faz quando não está com muita inspiração?", de @selenetacaliente;
KP: Normalmente, meu maior problema não é a questão da inspiração, mas ter uma ideia, conceitualmente dizendo, boa porém ao por, literalmente, no papel, ao materializar, não atingir o nível a qual almejo ou simplesmente não satisfazer-me. Quando sinto essa calamidade, pior que cair uma posição nos charts, retomo outras atividades, leio coisas as quais me inspiram como livros, séries, filmes, histórias, também converso, reflito... Tomo um certo tempo até ter certa coragem para retomar, afinal o pior que pode acontecer é refazer algo ou simplesmente apagar, lembre-se que, sendo boa ou não, será uma espécie de exercício, nem todos os quadros de Picasso são bons ou geniais ao nível dele, entretanto serviram como treino e experiência para criar suas "masterpieces". Logo, caso você queria compor, faça-o sem medo, apenas tenha uma criticidade justa e sempre busque melhorar e explorar ramos que te coloquem fora da zona de conforto, pois isso que tornará alguém um artista versátil e completo, não apenas mais uma figura pop temporal.
BS: Esta soa bem interessante:
- "Quais pessoas que você quer compor?", de @kpopeira;
KP: Sou uma pessoa muito aberta à propostas, felizmente estou tento uma demanda mais agitada do que nunca, ou não, mas que meu lado de compositora está mais em ação é um fato! Desejo compor para a Beyoncé, a qual sei a primazia de seu trabalho, Ariana Grande, que por sinal é uma boa amiga, só falta ela se tocar desse desejo, alguém envie essa entrevista a ela depois, por favor. No fundo, gosto de trabalhar com uma grande diversidade de artistas, qualquer convite será bem-vindo, claro que não é qualquer um que receberá uma canção minha, mas tendo um perfil compatível ao que criei, por que não?
Além disso, tenho várias canções a caminho, não cabe a mim decidir quando serão lançadas, de antemão saibam que serão os mais diversos nomes envolvidos, estou bem animada, eletropop, acústico, baladas... Enfim, AGUARDEM! Esqueci de dizer que estou esperando Selena ligar-me, quase esqueci o nome dela, Riri também é um desejo, uma BFF dessas.
BS: Qual foi a maior conturbação que você sentiu trabalhando como compositora?
KP: Em qual âmbito?
BS: Digo, se você já passou por alguma situação delicada, algo do gênero, sendo compositora de uma canção de outro artista.
KP: Às vezes é uma tarefa árdua conseguir os contatos até sua canção chegar nas mãos do artista desejado, muitas vezes nem chega, passei por isso no começo. Porém, algo mais atual foi quando trabalhei com a Tinashe, mesmo não sendo culpa dela. O caso foi que ela pediu uma canção com uma temática interessante, fiz questão de criar, inclusive utilizou no álbum e creditou-me, mas não acho que foi algo devidamente aproveitado (na vida real (dentro do jogo), as letras nem foram colocadas no artigo, apenas os créditos). Felizmente, hoje em dia estou mais ambientado no ramo, soa até difícil pois as pessoas querem mais seu nome do que sua criação em si (risos).
BS: Como última pergunta:
- "Quais das composições achou muito difícil? Por quê?", de @asianetic;
KP: Talvez as mais pessoais, as que eu queria passar algo mais significativo que o usual, não é apenas uma questão de rimas, métricas perfeitas ou palavras fáceis de se lembrar, é algo muito maior, claro que a estética é importante, mas tudo torna-se supérfluo se não for algo minimamente construtivo ou proveitoso, depende mais do foco da canção. "Burning Woman", minha atual canção de trabalha, tomou um bom tempo e desgaste mental, pois eu queria muito mais que criar um hit, averiguava algo que tocasse as pessoas verdadeiramente. Já passei por momentos abusivos com pessoas que não viam que a liberdade é um direito, é mais do que isso, é sobre não apenas sair da situação injusta, mas tornar a realidade diferente, pondo em chama as mazelas até tornarem-se cinzas, sendo depois apenas um adubo do que melhor está por vir.
BS: Infelizmente, chegamos ao fim, tínhamos milhares de perguntas, mas sei que sua trajetória já é uma resposta. Ética, comprometimento e engajamento são três das palavras que mais descrevem o que você relatou, não é a toa que a senhorita ganhou dois Grammy's, tenho certeza que a Academy (responsável pelo Grammy, Oscar, Emmy etc), mais do que nunca, está vendo o quão fidedigna é sua produção. Um abraço e quero convidar a todos que escutem a canção Burning Woman e conheçam o #BurningWomanChallenge que está há dois dias no Top Trends do Twitter! O sucesso em pessoa, muito mais que #1s, um legado vivo.
KP: Estou sem palavras, muitíssimo obrigada pelo apoio e carinho. Além disso, quero agradecer à atenção do público e à NBC! Confiram #BWC!