Posted by scenicrecords on Aug 17, 2017 0:53:38 GMT -2
Após ser a "headliner" do maior festival desta temporada (até o momento), mais precisamente no último domingo, Katy Perry foi anunciada pelo "60 Minutes", nas redes sociais, como o foco da edição bissemanal da vez. O programa, que normalmente não dura exatos sessenta minutos por conta dos comerciais, é o maior cargo chefe da CBS (Columbia Broadcasting System) News, um dos maiores canais, se não o maior, em solo estadunidense.
Conhecido por ter um formato inovador, o telejornal possui uma volatilidade e seriedade como suas características majoritárias, algo não usual para o formato de outros do mesmo ramo, justificando a alta e solidificada audiência.
Contando, atualmente, com a produção de Jeff Fager, o "60 Minutes" foi fundando em 1968, sem mesmo ter ocorrido eventuais pausas ou hiatos, o que é altamente surpreendente à indústria televisiva. Enfim, com um aspecto mais instigaste (algo típico das entrevistas do 60M), confira a entrevista:
KP: Katy Perry // 60: Entrevistador representante;
ENTREVISTA:
ENTREVISTA:
60: Boa noite Katy Perry, apesar de não ser uma gravação ao vivo.
KP: Bom, acredito que tal gravação será transmitida em um horário similar ao estágio solar da filmagem.
60: Realmente, bom, temos exatamente sessenta minutos, sem cortes, sem edições. Não necessariamente precisamos de várias respostas, possuo várias aqui, o desenrolar do bate-papo irá determinar a demanda.
KP: Acredito estar preparada, bom, talvez eu fale demais, qualquer coisa sinalize.
60: Começamos! Qual o peso do trabalho árduo em si, no mundo artístico, e o talento exigido para realizá-lo?
KP: Muitas acreditam que um artista vive mais em "glamour" do que em um efetivo trabalho, bom, sinto prazer em realizar a função a qual busquei poder executar. Mas para eu poder estar aqui, tive que ficar horas compondo, produzindo, escolhendo os colaboradores na produção, design, a parte estética, equipe de booking, inúmeros artistas.... O mais difícil não é ter uma demanda de tempo, é não poder ter a possibilidade de expor o outro lado da moeda, o quão mentalmente é desgastante a busca por algo novo, original, nunca visto antes, não clichê e instigante ao mesmo tempo, arte não é uma simples execução, além de ter que manter-se a parte comercial, é necessário criar-se conceitos que interferem em sua intimidade e existência, muitos não conseguiriam ter que abrir-se para ter o que lançar etc.
60: O quão rotativo é o universo musical?
KP: Bom, como Pablo Picasso uma vez disse: "90% trabalho, 10% talento". Aptidões são apenas fatores que expõem a sua capacidade de efetivar algo, isso não quer dizer que você irá necessariamente o desenvolver. Vi muitos colegas de trabalho super capacitados, com ideias incríveis, porém, não possuíam estabilidade emocional para sobreviver em um mercado tão expositivo. Qualquer atitude, lançamento ou palavra dita são alvos de análises, muitas vezes vistas de formas injustas, entretanto, é impossível ter o luxo de controlar o que cerca sua vida.
60: Seu último lançamento foi a canção "Burning Woman", ela possui claros traços feministas. Qual a sua posição dos movimentos sociais contemporâneos?
KP: Obviamente, desvendei essa realidade após possuir minha independência. Todos estão cansados de saber minha origem, então, caso não saiba, veja alguma outra entrevista que alguém com certeza te informará, digo, você de casa. Acho que é inegável as ainda presentes mazelas sociais, não possuímos uma realidade coesa ao que é proposto pelo Estado, sem entrar efetivamente em problemas específicos. Não obstante, busco mostrar o que é escondido por outras, está é a função do artista: utilizar sua voz como manifestação de algum sentimento, revolto, emoção, linha de pensamento, enfim, qualquer expressão relevante. Devemos analisar o que deturpa ou não os ideias destes movimentos originalmente, vejo várias situações em que pessoas, ditas colaboradoras, apenas espalham ódio e criam uma espécie de ambiente insociável, isso tem nome: hiprocrisia.
60: Como alguém que necessita de ideias novos constantemente. Como funciona a sua produção, como Katy Perry funciona ao escrever?
KP: Há períodos nos quais produzo internamente, todavia existem momentos em que a vida tormenta um hiato de minha criatividade, ou simplesmente considero o que estou produzindo ruim, inferior aos meus padrões mínimos pessoais. Digo isso em relação à criação de canções etc, questões mais simples não exigem tanto de mim ao meu ver, depende, a identidade visual é algo extremamente importante para mim, é uma das marcas da minha carreira.
60: Nos últimos anos, seu trabalho vem se demonstrando mais maduro. Sabemos que você não apenas foca no público adulto, mas como ele é no seu olhar?
KP: Quando estou me comunicando de uma forma mais madura, estou interagindo com a parte mais secreta e séria de mim mesma, afinal, não são crianças ou adolescentes, é algo que quero que torne-se universal, mesmo sendo mais complexo e restrito, o tom sério se torna intrínseco e inerente à minha'lma. Neste caso, é definitivamente difícil, pois eu penso: se isso não reflete quem realmente sou, devo buscar novos caminhos, não posso eternizar algo não verdadeiro ou que tenha o mínimo do mínimo de coesão.
60: Para você, qual a diferença entre um ser adulto e uma criança?
KP: O adulto ostenta um estigma de tristeza e solidão. Já a criança possui a fantasia para soltar-se. Um choque nos torna mais descrentes da beleza da vida, a criança chora e em uma questão de segundos já está correndo por todos os lados, o ser humano é definidamente o mais complexo, não por sua ciência, mas por seu psicológico.
60: Se você não pudesse mais escrever, você morreria?
KP: Sinceramente, eu acho que quando eu não escrevo, estou morta.
60: Como é o intervalo de tempo da criação de um álbum para o outro?
KP: Esse período entre um trabalho e outro é muito duro, ao mesmo tempo necessário para gerar um relaxamento da mente, assim posso questionar sobre o que devo eternizar em canções ou não. Uma questão é o como nos habituamos ao já feito, ao mais acessível, o mundo da música não permite isso, mas eu considero a versatilidade algo muito mais importante que a média em geral.
60: Você normalmente defini os horários que irá compor?
KP: O momento é o que te escolhe, mas é possível instigar. Quando eu estou escrevendo alguma coisa, eu anoto em qualquer hora do dia ou da noite, coisas que me veem. O que chamam de inspiração. Eu crio canções rapidamente, já tenho canções suficientes para décadas de trabalho, mas nunca paro, é algo que está invicto em meu ser: se ainda respiro, ainda sou uma artista.
60: O quanto falta para acabar seu novo álbum?
KP: Agora, eu estou realizado o ato de concatenar as inspirações e instigações, aí eu sou obrigado a trabalhar diariamente, a maioria do repertório está pronto, a sonoridade e conceito estão prontos. Apenas as gravações e algumas questões jurídicas estão pendentes, mas quem sabe, vai que surge algo... Mas acho improvável, a arte está muito burocratizada, felizmente, possuo o controle de minha carreira, porém, planejamento é algo importante, mesmo que não esteja acima do que meu eu-artístico anseia.
60: O que um artista que quer tocar as massas, ou um todo em geral, deve sentir?
KP: Acho que a maior aflição de qualquer artista, a qual busca soar popular, é de transformar-se hermético. No momento que você torna requintado seu trabalho de uma forma desnecessária, suas produções estão sendo anichadas desnecessariamente. Resultado: menos pessoas podem ser tocadas por sua arte à toa.
60: Entre diversos trabalhos, é natural que exista um "filho" predileto. Qual seria o seu a qual você tem mais apreço até hoje?
KP: Acredito que meu futuro álbum contém várias das minhas faixas prediletas, amo este álbum como um todo. Se apenas contar o que já foi lançado, fico com uma faixa de cada álbum: "Lost" do "One Of The Boys", "Firework" ou "Wide Awake" do Teenage Dream, "This Moment" ou "Roar" do PRISM e "Finally Free" ou "Shades Of Love" do Renascence.
60: Você arrepende-se de ter lançado algo?
KP: Não chego a este ponto, acho que "Ur So Gay" não é algo mais cabível, mal me lembro a última vez na qual a cantei, faz mais de 4 anos ou mais. Criei uma nova versão de "Everlasting Wait", ela está definitivamente melhor, não tem comparação, realmente estou em dúvida de como ela será lançada, em algo meu ou com outro artista. Provavelmente com outro artista, mas confesso que está como outra produção, muito mais impaciente que a original.
60: Você se vê como revolucionária?
KP: Não acho que irei mudar por mim própria a realidade, mas acredito em gerar luz à causas ou questões, além de poder desabrochar inquietações internas. Seria prepotente demais tomar partido de mim mesma, deixo isto aos historiadores no futuro. Quem era Van Gogh no período no qual ele vivia? Entende? Apenas o tempo irá definir uma relevância.
60: Defina seu novo álbum em até dez palavras.
KP: Insegurança, aflição, medo do fim, Deus, êxtase, reencontro e esperança.
60: O que você recomenda aos novos artistas em geral?
KP: Dizer apenas o necessário, o que for construtivo, o mundo está fardo de superficialidades ou questões com cunho não rentável.
60: Você, como alguém crente em algo maior, qual a maior benção concebida por você?
KP: Poder ter a possibilidade de verter meus sentimentos em algo concreto é o maior presente que tive de Deus, sem dúvida alguma, definitivamente.
60: O que você sentiu ao compor seu melhor "eureca"?
KP: Confesso que minha face e meu corpo, por um inteiro, foram tomados por adrenalina e angústia ao escrever, mas considero esta aflição algo instigante, algo que torna-me espectador passivo e ser agente, ao mesmo tempo, de um futuro ainda não deflorado. Soa como se meu espectro emotivo tivesse reaparecido no intuito de vascolejar minha criatividade e animação em relação ao que poderá acontecer e ser realizado no, ainda não lapidado, mundo vindouro.
60: Primeiramente, queremos algum escrito seu mais detalhado sobre tal assunto! Segundamente, queremos agradecer esta positivamente dilacerante entrevista. Obrigado!
KP: Apenas busquei trazer algo que fosse a verídico e ao mesmo tendo construtivo ao que imagino ser a base de uma ligação entre dois planos. Beijos!
Fique atento aos próximos passos da ainda recém iniciadas revelações da era KP5! Comente caso tenha lido completamente e manifeste sua opinião sobre tal! Críticas e análises sempre são bem-vindos.