Posted by scenicrecords on Jul 13, 2017 3:53:45 GMT -2
Apesar da agenda tumultuada após o lançamento de "Burning Woman", Katy conseguiu ir até os estúdios de gravação do canal americano NBC, afim de gravar uma - não apenas - entrevista com o comediante e apresentador Seth Meyers.
Fotos tiradas de Perry antes da aparição, provavelmente vendo a posição de "BW" nos charts e injustiça deste mercado.
Com uma duração média de 62 minutos por edição, o programa que já conta com mais de 543 episódios, divididos em 4 temporadas, decidiu dar um foco total à cantora. O "Late Night" é conhecido por, normalmente, fazer quadros satirizando notícias da atualidade, além de apresentar uma criticidade que marcou períodos de eleições, nos quais figuras como Donald Trump, Hillary Clinton e todo cenário mundial foram debatidos com um tom humorístico dosado na medida certa (até mesmo a ex-presidente Dilma Rousseff já foi alvo de críticas).
"Outfits" utilizados pela mesma, ensinando à várias como ser elegante sem perder um toque especial.
Justificando o título do artigo, a californiana realizou uma entrevista expondo sentimos e pensamentos até antes não tão explorado pela própria em entrevista. Criando, desta forma, este sutil trocadilho com o seu 3º álbum de estúdio, o "PRISM", de 2013. Além disso, outros quadros com Perry foram feitos, confira:
ENTREVISTA:
K: Katy Perry // S: Seth Meyers
S: Apesar de sabermos que a 1ª jurisdição da prisão de um certo presente latino já foi lançada, iremos receber a incrível Katy Perry! (palmas).
K: Olá pessoal, realmente, não é todo dia que isso acontece.
S: Bom, justiça seja feita, só falta o resto da cambada. Como você está, além de "mui bella"?
K: Haha, obrigado, ando "mui" pensativa sobre a realidade que me cerca.
S: Nossa, diga mais.
K: Sinto que, no momento que entramos no mercado "business", digo, algo de fato comercial, você não consegue mais se despender dele. A grande questão não é chegar ao topo, e sim saber o que fazer após alcançar aquilo que tanto almejou. Lembro-me de uma entrevista da Madonna em que ela dizia que, atualmente, via mais artistas, figuras públicas em geral, preocupados com a fama e como mantê-la que pessoas preocupadas em fazer alto realmente útil.
S: Isso estaria te afetando de qual maneira?
K: Sinto-me farda com a pressão colocada sobre mim no momento que lanço uma canção, não preciso de mais capital para viver, por mais humilde que eu tente dizer, já tenho dinheiro para três vidas (risos). Acabei de lançar "Burning Woman", e vi mais pessoas atentas à qual posição a canção debutou do que com a própria mensagem da obra, digamos assim. Sinto-me a Madonna na era "Erotica": todos julgam e mal prestam o cuidado de analisar a proposta da produção em si, em proporções diferentes, claro.
S: Como seria tentar ser uma verdadeira produtora de arte no meio desse caos business?
K: Extremamente difícil, quando você levanta uma bandeira, como a LGBTQ, por exemplo, sempre tentam achar algo em sua vida pessoal que enfraqueça seu discurso, mesmo sendo algo irrelevante. Muitas vezes nem são fatos relacionados a mim, e sim com indivíduos que trabalhei no passado. Querendo ou não, é impossível conhecermos 100% a faceta de cada pessoa que trilha esta coisa imprevisível chamada vida, é simplesmente impossível.
S: Seu último lançamento, "Burning Woman", é o lead single do que normalmente agora chamam de "era". Ela mal está no mercado e já debutou praticamente no top 10, diferentemente de "Desire a Dream" (o apresentador não tentou fazer uma chacota, mas apenas incorporar o personagem que Katy tanto criticou no começo da entrevista: apenas persevera para os charts). Qual foi a sua intenção ao lançar esta canção como a aberturas desta nova fase na sua carreira?
K: Tive o intuito de lançar algo que mostrasse uma mulher crítica já vista, só que não de uma forma tão evidente. A canção já é um pavio queimado, uma crítica aberta, sem metáforas para suavizar a mensagem etc, claro que usei esta figura da linguagem. Digamos que, desta vez, poupei menos algumas pessoas do que eu queria dizer e expressar.
S: A canção fala de uma mulher até antes contida, que suas palavras eram guardadas afim de não gerar um incômodo. Seria essa figura feminina você?
K: Bom, nunca fui um fantoche ou algo do gênero, mas, como todos sabem, não nasci em um lar muito aberto à interpretações ou questionamentos. Meu pai era pastor, porém, estou longe de culpar a religião, no meu ver, essa é a coisa mais preciosa de existe: fé, podem tirar sua voz, seu talento, sua beleza, os canais, mas se você continuar fervoroso, nada estará perdido.
S: Seria algo com uma pitada de religião, então?
K: Eu posso soar suspeita para dizer isso, mas em canções como: "By The Grace of God", "Gimme Much More" e outras que estarão no meu novo álbum, eu retratei o quão pequenos somos. Ser cético em relação a tudo não é uma solução, é apenas uma fuga para não vermos a nossa dependência em relação a algo muito maior. Acho que o KP5 está longe de ser maçante, ele ajudará meus fãs e novas pessoas mais que qualquer outro álbum que eu já tenha feito, em um mundo cheio de liberdades, talvez seja mais fácil se perder, algo que é bom, pois assim podemos nos encontrar na maneira certa, não imposta, isso me lembra outra canção do KP5 (risos).
S: Poderia nos dizer o título?
K: Não sei se devo, ela é uma das minhas favoritas, não é uma "farofa, como dizem por aí. Queria que fosse um single, acho bem complementar à mensagem de "BW", não sei definir como ela surgirá ao público. Tenho algumas ideias, basta a gravadora também apoiar.
S: Como é a sua relação com a sua gravadora?
K: Faço parte do selo SCENIC! Records, parte da Columbia, o que mais gosto é a liberdade e a sinceridade de lá. Sou sensata, sei que meu nome já gera certa autonomia, porém, decisões bem dadas com a ajuda de outros são melhores, pelo menos na maioria das vezes. Gosto de opiniões externas, sempre lanço um trecho ou outro no meu Twitter de possíveis futuras produções, gosto de dar este gostinho.
S: Falando em gostinho, queremos que você cante uma canção, além de "BW", claro.
K: Socorro, irei segurar o forninho.
PERFORMANCE
S: Bom, de nós escolhermos, temos quase certeza que você não gostará.... Escolha você.
K: Hum, nesse país das maravilhas.... Acho que irei escolher Hourglass da minha amiga Marina, como as SpiceGirls cantam em Wannabe: "friendship never ends".
S: Bom, já que vai de Marinão, não precisamos de comerciais, afinal, se fosse Aurora a audiência caia.
K: Coitada, haha, isso seria um belo caso de albinisfóbia (risos).
Apresentador coloca um chapéu inusitado na cantora.
Com tudo isso, a esclarecedora, e também enriquecedora, edição do programa acaba com a cantora fazendo uma versão mais simplificada de "BW", utilizando instrumentos reais no fundo (tendo apenas alguns efeitos pré-gravados).
AFTER PARTY:
Após isso, Katy foi a uma after party feita nos salões da NBC, contando com a presença de vários fãs e a ex-cantora Kris Jenner, que recentemente lançou um single sem nenhum retorno comercial. Será que era esse tipo de pessoa que Perry estava se referindo no começo da entrevista? Querendo ou não, a ganhadora de dois Grammy's foi educada com todos, como sempre.
Katy com um provável ex-namorado da Taylor Swift.
A cantora fez questão de bater o ponto na mesma mesa que o principal estilista da CHANEL se localizava (será que uma parceria irá surgir?). Esta (no caso, a mesa) também estava com uma fã que já tentou ser atriz no passado.
Fazendo tributo à Miley, Katy terminou o evento bem CRA$Y, no controle, claro.... Espero que tenha gostado.